29.5.09

perceber vs. fazer

Ele - Nós, matemáticos, percebemos o mundo, mas no fundo nao sabemos fazer nada.
Eu - Nós, engenheiros, fazemos coisas sem as perceber muito bem, mas fazêmo-las.

Cerejas

A minha colega trouxe-me uma tigelinha de cerejas. As primeiras do ano.

Eu vendo-me barato.

28.5.09

A nuvem passou

só nao me está a apetecer escrever.

É engracado constatarmos a nossa própria pluralidade. Aquela do estado de espírito grave, do existencialismo, sou eu. A hedonista que vai hoje beber uns copos ao Schloßgrabenfest, sou eu.

26.5.09

Existencialismo

Até os meus alicerces perderam firmeza: esta foi a extensao dos estragos. Acreditei tao forte, estive tao pronta para tudo, disposta a dar tanto e tanto. A minha razao de viver passava por tê-lo ao meu lado. Loucura?

O existencialismo é doloroso. Nao se tem descanso, questionando sempre se isto e aquilo faz algum sentido, procurando incessantemente uma alguma coisa a que se agarrar, que dê algum sentido à vida. Eu tinha-a encontrado. Para mim era a luta de maos dadas, olhando em frente, era a partilha. Agarrar-me a ele era como agarrar-me ao vento, mas eu gostava disso mesmo. Ao pé dele sentia-me pronta para tudo, forte para tudo, alegre e excitada com essa luta.

Agora, assim de repente, tudo parece apenas dias que correm. E será a vida só isto, afinal?

Mas sei: continuo a luta de maos dadas, só há uma mao que já nao está lá. E sei: vou continuar a partilhar e a deixar entrar (e sair) pessoas da minha vida.

20.5.09

Eu atirava-a agora mesmo pela janela do segundo andar. E depois fechava a janela, para nao me incomodarem os gritos.

claramente inspirado pelos relatos de Max Aub, em Crimes Exemplares, com que me mimou a Teresinha.

"os filhos das colegas de trabalho sao invariavelmente sobredotados"

é verdade. E comprova-se aqui com a minha colega.

Mas onde é que eu li isto?

18.5.09

Há aquele momento da noite em que nada faz sentido

e há aquele momento do dia em que tudo volta a fazer. É redentor.

De nada me arrependo, a vida é isto mesmo.

14.5.09

naaaaaaaa

cinzento nao.
E preto nao gosto, pode ser muito ecológico, como dizem esses site-meters da ecologia, mas eu nao gosto. E aqui mando eu.

Aviso

Ainda nao estou satisfeita, este nao é o "layout" final.

11.5.09

Murro no estômago

o título roubei-o à Lira.

7.5.09

E este fim-de-semana

vou pintar outra vez.
E acho que vou pintar cá com uma gana.

Cientistas de costas viradas

Hoje fui mostrar o que valia aos cientistas. Um senhor, de meias e sandálias, virava o disco e tocava o mesmo: que análises de medicamentos em tubo de vidro nao têm significado porque nunca podem mimetizar o que se passa na realidade na cultura de células ou no corpo. E que é por isso que os cientistas de tubos de vidro e os de cultura celular andam sempre de costas viradas.

Ora, se assim fosse, ninguém fazia caracterizacao de medicamentos, e o objectivo nao é mimetizar o que se passa na célula, para isso existe a célula mesma. O objectivo é dividir um sistema muito complexo em vários sistemas mais simples, limitados é certo, mas compreensíveis. A informacao que daí se tira deve ser interpretada cautelosamente e nunca se tem certezas, mas pode ter-se um conjunto de resultados que apontam numa determinada direccao e que suportam uma determinada teoria.

Eu mantive-me firme - bendito Inderal! E até acho isto um treino valioso!

Eu nem ligo a estas coisas

e até sou contra os site-meters, que implicam com a minha liberdade. Mas, há uns tempos, ao abrir o blog reparei no seguinte "Tem dois followers". Fiquei logo toda contente. E curiosa. Quem sao, entao, estes followers (isto parece followers de uma doutrina ou assim, ou do cientista do Battlestar Galactica).

Uma, a minha amiga Branca - sem surpresas, é sabido que somos followers uma da outra. A outra, uma desconhecida que me deve ter achado graca - se nao me engano era uma amante de Arte Nova que veio cá parar numa altura em que fiz um post sobre a piscina Jugendstil de Darmstadt. Pois deve ter-se desiludido com a falta de posts de Arte Nova. Porque hoje reparei que já só tenho uma follower. E pronto, assim foi a amante de Arte Nova à sua vidinha... Adeus, e até sempre!