30.1.08

Os meus sonhos

passam-se aqui: Tanto de noite como de dia.

Alemaes

A senhora Emília que trabalha aqui no departamento no outro dia apareceu. A Sr. Emília já trabalha aqui há 20 anos e sabe muitas estórias. Estivémos uma meia hora à conversa e a Sra Emília concluiu assim: Os alemaes sao muito falsos, essa é que é essa...

O ciúme

fizeram-me uma cena de ciúmes por causa do Mr Darcy. Uma verdadeira cena de ciúmes! E o que é uma mulher sem a sacudidela de uma bela cena de ciúmes de vez em quando?
Ahhhh, esta já cá canta.

28.1.08

Se houver alguém do sexo feminino

cujo coracao nao palpite pelo Mr. Darcy, que se inscreva aqui. Precisamos de estudar o caso.

"Qual é o ideal que te guia na vida?"

Vejam a fotogaleria do Público sobre a Pintassilgo.

23.1.08

Mr. Darcy

Domingo o programa gilrlish é ver o Orgulho e Preconceito de enfiada.

21.1.08

Fim-de-semana

Fomos na sexta e voltámos no domingo. Mochila às costas, sandwich no bolso, livro na mao. Partimos às 9 da manha e até Paris foram 4 horas a acabar os 100 Anos de Solidao.

Paris é uma cidade circular onde nao existe uma estacao de comboios central (quando se vem da Alemanha, acha-se estranho nao haver uma estacao central). Chegamos na Gare de L'Est, território da Amelie Poulain e saímos pela escadaria que aparece no filme. A minha excitacao aumenta. Paris dá-me sempre uma excitacao diferente de todas as outras capitais. Pelo caminho entre as duas estacoes de comboio, já estou noutra, vou a flutuar. Observo as pessoas. O que mais gosto nas grandes cidades é de olhar para as pessoas.

Chegamos à Gare de St. Lazare, afinal foram só 20 minutos, 0 que nos deixou 1hora e meia de folga. Em Paris! Ao pé da Gare de St. Lazare fica o Boulevard Haussman, uma grande avenida comercial, com os míticos Armazéns da Printemps em Art Nouveau. O Francois compara o Haussman ao Marquês de Pombal. Haussman foi responsável pela enorme transformacao de Paris na segunda metade do século XIX, deitando abaixo bairros da idade média para aí contruir grandes avenidas. Uma das razoes para isto era a dificuldade em controlar revoltas populares nos bairros antigos pelos militares franceses, treinados para combate em campo aberto. Deixo o Francois num café enquanto ando pelas ruas (e pelos saldos) ali ao pé. Compro uns sapatinhos pretos tipo sabrinas que me faziam falta para o Verao, com a desculpa de que em Darmstadt nao se encontra nada (que é verdade). O casaco de inverno que se usa é à menina: gola redonda e botoes só na parte superior. Registo.

Hora de continuar a viagem, em direccao à Normandia. Acabei o livro e nao me apetece comecar Os Reis Malditos. Leio a revista Monde2. Tem uma entrevista ao Armani, que é simples, workaholic e tem mau feitio. E veste o mundo inteiro. Diz que se encontrasse um génio da lâmpada lhe pedia (1) saúde, (2) má memória para esquecer as ofensas e (3) morrer sorrindo. Tem desejos simples e eu gosto dos desejos dele. Penso que desejos pediria eu e decido-me pelos mesmos. Pergunto ao Francois que desejos pediria ele: (1) teleportacao, (2) voar, (3) invisibilidade. Também nao vale a pena ser modesto nos sonhos que se tem.

Antes de chegar à costa, passamos por uma zona completamente alagada. É bonito, principalmente por ser o fim da tarde. Mas de resto, terrenos alagados também há lá na minha terra, penso eu. O Francois pergunta ao senhor que está ao lado dele o que se passa. O senhor é muito simpático e o que ele nos conta é fantástico. Vamos o resto do caminho à conversa com ele. É lobo do mar e nunca se deve perder uma oportunidade de falar com um lobo do mar quando ele está na disposicao de revelar segredos. A inundacao que vemos é um pântano salgado, ou prés salé. Os prés salés formam-se em zonas baixas na maré alta, alguns só nas marés mais extremas. É típico da Bretanha e da Normandia. O Mont de St Michel, por exemplo. O senhor explica-nos que, à latitude a que estamos, sao as marés mais amplas do mundo (ou do hemisfério norte, nao sei): 17 metros entre maré cheia e maré vazia!! Que no Canadá se passa a mesma coisa. Acho isto curioso. Pergunto-lhe se quanto mais para norte, mais amplo. Ele diz que nao, que é só a esta latitude. Curioso. Pergunto-me se será a mesma coisa no Pacífico. Mas ele já está a contar que se construiram diques para controlar os pântanos e para que estes possam servir de pasto aos animais na Primavera. Os animais que comem estes pastos salgados têm um gosto especial (a mar..?) e sao conhecidos por prés salés. Fico com vontade de provar.

Chegamos a Cherbourg às 6 da tarde. Cherbourg é uma cidade construída sobre terrenos roubados ao mar na ponta de uma península da Baixa-Normandia, com um enorme porto de águas profundas. Fustigada pelos ventos do Atlântico e pelas guerras da Europa, foi cosmopolita e efervescente na época dos transatlânticos. Hoje, a economia é ligada ao porto, à construcao naval e ao turismo.
Gosto da cidade mal saímos da estacao. No caminho, um enorme e impressionante cemitério, cruzes em pedra escurecida altas e alinhadas. Nao posso deixar de pensar nas influências celtas. Gosto dos edifícios típicos de um sítio onde a Natureza manda: paredes grossas, janelas pequenas, três degraus para entrar em casa. Portas em madeira trabalhada e pintadas de cores vivas. Maresia. Ali ficamos o fim de semana e eu encho os olhos de mar, os cabelos de vento e os pulmoes de maresia antes de fazer a viagem de volta.

16.1.08

Dezembro 2007


Eu de bochecha à banda.


Eu, Ricardo e Laure.


Murat.


Eu e a Laura (a finlandesa) com o Francois.

Nao gosto de

pessoas que me tratam por querida e pessoas que me atendem o telefone com Onde estás?

Luas

Era para ter nascido na primeira semana de Janeiro, mas como as luas nao estavam boas para o efeito, nao nasceu. Já se estava a contar com isso.
O Sô Luis ainda pôs mais uma semana de baixa, tudo para ver se as luas se resolviam e, claro, para ver se conhecia a neta antes de voltar.
Nada.
Más luas.
Ontem lá provocaram o que as luas nao havia meio de resolverem.
E agora o Sô Luis é avô, mas nao conhece a neta.

Novo medicamento para Alzheimer em desenvolvimento

Pensei estudar medicina. Apesar de suar só à aproximacao de uma agulha, considerei medicina por causa da neurologia. Pode ter sido porque a vida me levou a alguns consultórios de neurologistas durante a adolescência. A percepcao do funcionamento do cérebro vem com aquele fascínio próprio de todas as questoes que nos ultrapassam e que fundem ciência com filosofia e religiao.

Foi descrito um novo medicamento para Alzheimer com resultados nunca vistos. Apesar de numa fase muito inicial de desenvolvimento, os resultados sao espectaculares e é preciso ter esperanca. Vale a pena ler o artigo da Palmira da Silva no De Rerum Natura.

15.1.08

Tuya's marriage


uma estória de amor pouco convencional num cenário espectacular.

10.1.08

Leitura de pequeno-almoço

nao há maus humores que aguentem.

9.1.08

Portanto nao posto mais nada até que isto passe.

Para isso é preciso
...que o sol brilhe;
...ou que a minha colega se cale de vez;
...ou que receba boas notícias de Bona;
...ou que o meu chefe se interesse pelo que eu faco;
...ou que a comida da cantina mude;
...ou que os alemaes mudem;
...ou que eu mude de país;
...ou simplesmente que o erótico volte a atacar, desenhando alguma coisa na janela que me faca rir à gargalhada.

Desde que

...deixei o país do sol;
...voltei a comer a comida da cantina;
...continuo desde há 7 meses à espera que a universidade de Bona me reconheca habilitada para comecar doutoramento (o mesmo que comecei há 7 meses);
...tenho uma nova colega no escritório que está sempre a falar (com alguém ou sozinha);
...o meu chefe tenta ser meu amigo perguntando-me por Portugal (manobras de charme) em vez de me perguntar pelo meu trabalho;
...os alemaes me parecem cada vez mais alemaes

que estou com um humor de cao.

Uma ex-estagiária

que trabalha na Merck e marca um almoco na cantina para 3 pessoas com 2 meses de antecedência...

...mata-me de aborrecimento.

4.1.08

Inimigo

mas xiiiiu, que o segredo é a alma do negocio.

Recomendo

Morámos ambos 5 anos em Marvila sem conhecermos a parte velha. Chegámos lá às 4 da manha, saídos do Bairro Alto.
- Vou ali mostrar-te uns sítios fixes que descobri em Marvila.
Já tinha jantado uma vez por ali, mas há muito tempo, nessa altura nao tinha olhos de ver. Desta vez vi prédios lindíssimos, antigos armazéns estilo arte nova, ruas lisboetas em calcada portuguesa.

Virámos para a Fábrica de Braco de Prata e vimos que ainda estava aberta. - Lindo! Era uma das coisas que queria ver! No banco de trás queriam cama. - É só entrar e sair, só para ver, beber um copo. Nao esperei pela resposta.

Entrámos para um páteo com uma esplanada espacial: cobertura transparente semi-esférica com mesas e cadeiras lá dentro. Surpreendente no contexto. Entrámos no edifício. Lá dentro, livros e mais livros. Livros arrumados em prateleiras por preco: 1Eur, 5-7Eur, etc. Pinturas e fotografias em exposicao. No meio disto tudo, um grande grupo em roda de uma mesa a beber vinho tinto em copos de pé. Na outra sala mais uns 2 ou 3 grupos mais pequenos. Há uma coisa de que nao me consigo lembrar: papéis brancos com frases espalhados pelas paredes. Sei que os adorei! O que diziam?? (Estas partidas da memória sao uma angústia.)

No banco de trás continuavam a querer cama. - Bem, vamos entao... - Let me finish my bier. Fui dar com ele à entrada a ter uma conversa típica de 4 da manha. Cerveja na mao. Alguém lhe explicava, em português, a história do edifício, de fábrica de armas a centro cultural.
Este post foi corrigido.

3.1.08

Para primeiro post do ano

sonhem! Sem sonhos nao se vai a lado nenhum. Por isso, sonhem coisas boas.