23.11.08

Sala

Enquanto discutíamos sobre o significado do casamento, eu olhava uma estante com DVDs por trás dela.

E perguntava-me como se consegue ter o número certo de DVDs para que não haja um a menos nem um a mais numa estante...

22.11.08

Mon beau sapin


Está tudo explicado aqui. É uma boa maneira de ver o que fazem os autores de banda desenhada franceses e ao mesmo tempo de ajudar a pôr presentes "sous les sapins un peut trop vides" este Natal.

21.11.08

2 days in Paris


Há poucos filmes que me fazem rir à gargalhada (nao me lembro de nenhum).

Por isso já vi este duas vezes.

sexta à tarde de saco cheio

Eu nunca vi malta que quisesse menos trabalhar do que as Laborantes minhas colegas. Comportam-se como criancas e queixam-se de nao serem levadas a sério. Focam-se no acessório em vez de no essencial: o trabalho. E claro que, num sítio assim, estar interessada e empenhada no que se faz é meio caminho andado para nao fazer muitos amigos.

O que faco é manter a cabeca ao de cima, assim olho para outras paisagens.

16.11.08

O Inverno II


De uma collecção de postais de Mark Raven que o François me trouxe de Amsterdão.

O Inverno

Chuva mole la fora. Cinzento. Os pneus na estrada molhada.
Cá dentro a luz de estudo, o silêncio. Recolhimento. Concentro-me.

13.11.08

Freediving

Gili Trawangan é a maior das ilhas Gili, três ilhotas perto de Lombok. Faz com a Gili Meno um canal onde se forma uma corrente muito forte. Como os fundos do mar ali sao de sonho, a maior actividade diurna (à noite há outras) consiste em andar praia acima um bom bocado, entrar la em cima e vir por ali abaixo de óculos e tubo. Nao é preciso nadar, vem-se com a corrente. Ou entao é nadar um bocado contra a corrente para ganhar tempo.

Peixes de todas as cores, corais, tartarugas vagarosas… Mas o que mais me impressionou foi um rapaz que mergulhava fundíssimo, deixava-se estar, nadava para cima e para baixo, agarrava-se às tartarugas e ficava imenso tempo sem vir respirar. O que me impressionou foi a sensacao de liberdade. Porque tudo bem que se pode fazer mergulho, mas anda-se ali com imenso material, e regras e nada daquilo é muito natural. Este rapaz andava ali como um peixe e é essa imagem que nunca me sairá da cabeca. Mais tarde descobri o que era um freediver.

3.11.08

Em imagens

No campus da universidade de Uppsala
Almoço sueco no Museu de Arte Moderna de Estocolmo: nao recomendo
Nanas de Niki de St. Phalle em frente ao Museu
Peles de carneiro
Agora olhei aqui para o lado e ocorreu-me que:
- nem todas as viagens sao um encontro de culturas
- mas um encontro de culturas é sempre uma viagem...

Mesmo que nao se saia do mesmo sítio.

Sao 16:40

15:40 em Portugal.
Em Estocolmo é lusco-fusco agora mesmo. E daqui a 10 minutos, é noite.

A esta hora vinha eu ontem sentada no autocarro. Já nao havia muitos lugares vagos, sentei-me ao lado de um senhor. Nao era enorme, estatura normal. Cabelos brancos e olhos claros. Perguntei-lhe o que ía acontecer ao resto das pessoas que nao teriam lugar naquele autocarro, e assim comecamos a falar. Estocolmo ao lusco-fusco. Lindo! Colinas de casas, nas janelas luzes amareladas de princípio de serao. Por entre as colinas, o céu cor-de-laranja. Em baixo e ao fundo, a água preta, a reflectir as luzes. Eu quis saber porque sao as casas de madeira pintadas de vermelho. Porque é tradicao. Isto nao é resposta, pensei... deixei-o continuar. A tinta é feita com produtos de minas de cobre e protege a madeira. Depois contou-me que até aos 20 anos viveu 1000km a norte de Estocolmo. E falámos de auroras boreais, de horas de luz, de isolamento.

PS: Em Estocolmo já é noite.