27.2.08

Jugenstilbad

Darmstadt foi um dos centros onde nasceu o Jugendstil (estilo Arte Nova alemao), pela Darmstädter Künstlerkolonie, uma colonia de artistas e artesaes, fundada em 1899 pelo duque de Hessen. A colonia de artistas foi destruida pelas Guerra da Europa, e so nos anos 70 foi reconstruida. é a zona mais bonita de Darmstadt, no cimo de uma colina, todo um bairro com casas lindissimas onde os artesaes viviam, trabalhavam e expunham. Visita-se a Torre do Casamento (onde no Verao passado fui a um casamento alemao), um museu de Arte Nova e um museu de arte moderna com exposicoes temporarias.

A piscina Jugendstil foi construida em 1909 e reabre agora depois de trabalhos de renovacao. Estou em pulgas para experimentar, tem SPA e massagens. No meio desta atmosfera, espero sentir-me uma das ninfas de Klimt...

26.2.08

Ensemble c'est tout

Isabel Allende

Refilo que "A Soma dos Dias" já seja o terceiro livro demasiado autobiográfico (nao sao todos?). Mas, ao mesmo tempo, continuo a ficar presa a eles desde a primeira página. Nestes livros mais recentes, identifico-me com o choque cultural de uma sul-americana a viver num país rico e onde as relacoes entre as pessoas sao tao diferentes.

O Francois vai ler "A Casa dos Espíritos".

21.2.08

Betriebsrat

Faz quase dois anos que recebi um contrato de trabalho da Merck. Fiquei radiante! Nas oito páginas escritas em alemao estava o meu salário chorudo e mais uma data de coisas que, pensei na altura, seria importante desvendar. Antes de o assinar, de preferência. Lembrei-me do Betriebsrat (sindicato) da Merck. Sem cerimónias, mandaram-me ir ter com o presidente do Betriebsrat, na altura: o Flavio Battisti. Um italiano sorridente dos seus sessentas, bom ar, cabelo todo branco e pele bronzeada. Num português muito correcto e quase sem acento, contou-me que sempre tinha trabalhado com muitos portugueses na Merck e por isso aprendera português. Interessou-se por mim, quem era e de onde vinha. Ao ler o contrato, deu-me a impressao que o sabia de cor e, a cada parágrafo, detinha-se para me contar quando e como tinham lutado por aquele direito, por aquela frase, por aquela vírgula. Lembro-me de na altura me ter maravilhado como o presidente do Betriebsrat de uma empresa com 8000 trabalhadores só em Darmstadt, por entre lutas sindicais e reunioes importantes, arranjava tempo para dar dois dedos de conversa e ler contratos de trabalho de pessoas anónimas.

Tive oportunidade de o ver uma vez “em accao”, há 1 ano. A Merck acabava de comprar a Serono e os ânimos andavam exaltados; havia inseguranca no ar. Numa reuniao geral de trabalhadores vi como aquele senhor baixinho dizia o que tinha a dizer com uma dignidade surpreendente, sem nunca descer de nível, e como era altamente respeitado por todos, estrangeiros e alemaes, trabalhadores e administradores. Também era o dia da sua despedida. Reformou-se com a promessa de continuar activo na ajuda aos trabalhadores. Naquele dia agradeci tê-lo conhecido e a sorte de ter estado naquela reuniao geral e de ter visto o que pode ser um sindicato no seu melhor.

Hoje voltei ao Betriebsrat com a minha declaracao de impostos. Antes tinha telefonado para lá apenas para perguntar onde poderia obter ajuda para o preenchimento da declaracao. Falei com o Jorge, um português de quem já tinha ouvido muito falar pelo sr Luís e pela sra Emília. Mandou-me logo ir lá com os papéis, que, das duas uma, ou o Battisti (sim! o próprio Battisti ocupa a sua reforma com declaracoes de impostos de quem precise!) me tratava disso ou o Jorge me mandava para uma organizacao nao-lucrativa onde ele próprio faz a declaracao de impostos. O Jorge comecou a trabalhar na Merck com 16 anos, agora deve ter à volta de 45. É mecânico mas está a tempo inteiro no Betriebsrat e diz que lhe faz falta o cheiro a óleo. Mas o trabalho, feito por conviccao, compensa e ainda vai de vez em quando beber um café com os colegas da oficina. Ainda se lembrava dos nomes de todos os estagiários portugueses com quem teve contacto e perguntou-me se eu nao era a portuguesa com namorado frances. Falámos das dificuldades de quando nao se fala a língua do país onde se vive, da adaptacao ou do choque cultural, da personalidade alema e da vida em geral. Disse-me que tem dificuldade em explicar à sua família em Portugal que nao faz o que faz por razoes políticas, mas sim por razoes cristas, por amizade e amor ao próximo.

O Betriebsrat e estas pessoas sao uma bolha de humanidade e de generosidade num mundo de cao, em que cada um está ocupado com a sua própria sobrevivência.

19.2.08

À custa de más caras e poucas conversas, consegui que a matraqueadora do lado se calasse. Agora deixa-me em paz o dia (quase) todo. 1-0 para mim.

Mas foi só uma batalha... Porque agora comecou a guerra química e ela tresanda a perfume barato.

15.2.08

Conversas de circunstância

Também a mim me chateia este mundo em que somos todos felizes e saudáveis e em que nao se pode responder ao "como estás?" outra coisa que nao o "tudo bem". É que as pessoas perguntam só por cortesia; na verdade nao querem nem saber. E uma resposta desviada requer, por cortesia, dois dedos de conversa. E dois dedos de conversa levam tempo. Levam o tempo que dois dedos de conversa levam. E ninguém tem tempo a perder nas suas vidas agitadas e felizes.

"Como estás?"
"Mal disposta."
Arregalamento de olhos, pavor dos dois dedos de conversa que, é certo, vêm aí...
Ainda a medo, a pergunta.. "que se passa?"
"O que se passa é que nao posso estar bem todos os dias. Pronto. Adeus."

13.2.08

Pessoas pelo caminho

Ele é uma dessas pessoas feitas de merda. Gosta de se vangloriar e pensa que é com esperteza que vai longe... usando as pessoas de quem precisa pelo caminho, fazendo sorrisinhos para a esquerda e para a direita, dizendo o que cada um quer ouvir. Pensa sempre que é mais esperto que todos e que ninguém percebe o jogo. Eu nao percebi o jogo, ao princípio. Apanhei decepcoes que me vacinaram.
Hoje dissertou sobre o que eu devo fazer do meu doutoramento, assim como quem mostra quem sabe e ao mesmo tempo dá um doce. Tudo isto temperado com doses de presuncao "o prazer que me dao discussoes científicas".
Que nojo. Que nojo.

12.2.08

Tirol


No cimo da rocha esta uma cabra montesa.

9.2.08

familia couscous

na austria este fim de semana

6.2.08

Eu nao quero a ti, 'môr; quero a vós, 'môres.
Entao?
e quem fez o site ao Steffen foi o Niklas. Lembram-se do Niklas?

Steffen

should paint more.
www.schellenberger-art.de

2.2.08

Petit Café



Posted by François

1.2.08

Incrível

o mau gosto do Sócrates para as casas. Ainda bem que mudou de ramo.