2.4.09

G20

É quando estamos mal, que mudamos. Por isso, optimismo.

É de ler o que diz o Durao no Público, em vésperas do G20:

"A saída para esta crise não reside na "desglobalização". O proteccionismo e o nacionalismo económico são falsos amigos que mais não fazem do que agravar a pobreza e os conflitos."
e
"As novas regras globais devem basear-se em valores e princípios éticos, respeitando e estimulando a liberdade, a responsabilidade e a solidariedade. Devem, além disso, permitir que os mercados recompensem o trabalho árduo e o espírito de iniciativa e não a mera especulação."

14 comentários:

Anônimo disse...

Olá Leo
Tenho muitas dúvidas na capacidade desse personagem para enfrentar crises(como se viu, aliás.Vê este texto:
http://esquerda-republicana.blogspot.com/2009/04/europa-nao-existe.html
beijinhos
tiago

Anônimo disse...

O Durão consegue dizer umas banalidades bastante obvias...
Aquilo que seria interessante o nosso ex-p.m. e actual Pesidente da Comissão dizer é como operacionalizar!
Por exemplo, a ética nos negocios...Uma excelente intenção... Como tornar a intenção numa regra?
Gut

Anônimo disse...

Excelente comentário, Domingos!
Bj
Cachana

leo disse...

Mas estas banalidades nem sequer estavam na mesa há um ano! Isso é que é razão para optimismo. Acreditar que a crise é uma oportunidade para viragem.

A Alemanha é o país do mundo(!) que mais exporta (sim, mais que a China) e exporta mais do que importa (courrier international). Uma economia assim só pode sobreviver à custa de um outro (ou outros) país(es) que importe mais do que exporta, ou seja, que viva acima das suas posses. Claro que um sistema assim não é sustentável. E com a crise, o apelo ao consumo desenfreado, à cultura do ter e do ostentar deixa de fazer sentido.

Tiago,
quanto ao teu link, eu acho que sim, que há uma Europa, e que nós que aqui vivemos e que partilhamos História e Cultura, somos europeus. A livre circulação não é de elites, as elites sempre puderam circular! Quanto aos media, o courrier international é um bom exemplo de jornal de interesse comum, embora privado.

Beijinhos!

Godinho disse...

Querida Prima, não sei que te deu para citares o Durão...Devem ser as famosas chuvas ácidas Alemãs. Quanto ao resto não vejo qualquer interesse no que diga o Durão hoje, há um ano ou há 3 anos...
Apesar de tudo gosto mais de o ver na CE do que em Portugal, pois este activo tóxico partilhado por todos custa muito menos....
Bjs,
Vicente
Vic

Anônimo disse...

Querido Vicente:

Há sempre dias em que acreditamos em boas palavras. Está sempre a acontecer. Pelo menos a mim.

Bj
Cachana

Anônimo disse...

Bem, o tema Durão já se está a arrastar.
Mas de qualquer modo, ao contrario do que diz o meu caro Vic, este personagem merece alguns comentários.
Sugiro que leiam os feitos na Visão pelo Ricardo Araújo Pereira. São especificamente dirigidos a 2 partes do corpo do Durão. Às sobrancelhas e às Costas. Dedicou-lhe o último parágrafo da sua crónica. Leiam. http://aeiou.visao.pt/queres-protocolinho=f503872.
Beijos e abraços.
Gut

Anônimo disse...

Bem, o tema Durão já se está a arrastar.
Mas de qualquer modo, ao contrario do que diz o meu caro Vic, este personagem merece alguns comentários.
Sugiro que leiam os feitos na Visão pelo Ricardo Araújo Pereira. São especificamente dirigidos a 2 partes do corpo do Durão. Às sobrancelhas e às Costas. Dedicou-lhe o último parágrafo da sua crónica. Leiam. http://aeiou.visao.pt/queres-protocolinho=f503872.
Beijos e abraços.
Gut

Anônimo disse...

Estou a ler um livro do Italo Calvino "As cidades invisíveis", em que o Marco Polo diz ao Kubai Kã que quem comanda o conto (0s contos que o Veneziano conta ao Imperador) é o ouvido e não a voz. Ora, só consigo perceber que a Cachana consiga ouvir boas palavras ao Durão e que a Leonor o cite, se forem os seus ouvidos (da Leonor e da Cachana) quem comanda os contos que saem da boca do Durão. Não afasto esta hipótese todavia, pois o meu ouvido não tem qualquer relação com a voz do Durão e não sei o que dali saí... Vicente

Anônimo disse...

Correcção
Estou a ler um livro do Italo Calvino "As cidades invisíveis", em que o Marco Polo diz ao Kublai Khan que quem comanda o conto (0s contos que o Veneziano conta ao Imperador) é o ouvido e não a voz. Ora, só consigo perceber que a Cachana consiga ouvir boas palavras ao Durão e que a Leonor o cite, se forem os seus ouvidos (da Leonor e da Cachana) quem comanda os contos que saem da boca do Durão. Não afasto esta hipótese todavia, pois o meu ouvido não tem qualquer relação com a voz do Durão e não sei o que dali sai... Vicente

Anônimo disse...

Meu Querido Vic:

A liberdade, a responsabilidade e a solidariedade são palavras que MESMO quando proferidas pelo Barroso nos DEVEM pôr em sentido. E eu sei que tu sabes que é assim! Não somos Deuses, Cachana!... como diz o meu amigo João Melo, em momentos em que me sinto menos livre, menos solidária e até menos responsável.
"A liberdade não é uma filosofia nem sequer é uma ideia: é um movimento da consciência que nos leva, em certos momentos, a proferir dois monossílabos: Sim ou Não. Na sua brevidade instantânea, como a luz do relâmpago, desenha-se assim o sinal contraditório da natureza humana" (Octavio Paz, La otra voz).
"Ao nível das relações entre as pessoas, o fundamento da tolerãncia não reside no dever da aceitação das afirmações do outro porque as consideramos como válidas, verdadeiras ou pertinentes, mas porque se enraizam na sua liberdade. (...) É o respeito pela pessoa do outro que subjaz à sua tolerância. (...)(Michel Renaud).
E a responsabilidade? Aqui e sempre faz-nos responder pelos nossos actos, opiniões, e afectos (não devemos ser responsáveis pelo que fazemos, dizemos e sentimos?! não falo tanto de emoções, que essas são voláteis...)
E ainda bem que estás a ler o Calvino. A literatura faz-nos sempre entender o real enquanto carência!!!

E venham mais G20s...é um bom pretexto para ter um enorme prazer de ir falando com a minha irmã e os meus primos.

Bj
Cachana

Anônimo disse...

Querida Prima Cachana, com este comentário arrasas comigo! Metes-lhe o Octávio Paz e o Renaud e, de facto, não tenho literatura para te acompanhar.
O meu ponto é mais pueril, as palavras só têm significado se quem as diz lhes der significado. Ora não creio que o Durão lhes dê qualquer significado às palavras que diz, por isso a irrelevância do que diz, e por isso as palavras que diz não são bonitas nem feias, são apenas palavras.
Quanto ao resto falar com as minhas primas é um prazer e uma alegria, seja sobre que assunto for (o G20, o Durão, ou qualquer outro que a nossa Leonor queira falar através do seu blog). Estas conversas com as minhas primas e o meu irmão fazem uma companhia que, ao contrário das palavras do Durão, tem todo o significado.
Bjs,
Vicente

leo disse...

Também eu tenho muito que ler para vos acompanhar. :) E também acho que mais valor que as palavras do Durao têm estas conversas; sao conversas que me formam.

Beijos a todos

Anônimo disse...

O Eurico, quando se exaspera comigo, diz que me alimento de bitoques e poesia. Não deixa de ter razão. A obra é mais importante que o poeta, embora o meu lado coscu(?) me faça por vezes interrogar como é que grandes obreiros na história da humanidade foram tão mesquinhos na sua história pessoal. É uma dicotomia pertinente, se bem que ingénua. Mas porventura aprendi a dar sentido não aos falantes mas às palavras, quando estas fazem sentido para mim. Com uma excepção, as palavras das pessoas de quem gosto muito. O que certamente não é o caso do Durão!

Como vês, Vicente, é só uma questão de ponto de vista...e também falta de pragmatismo... jeito para a política...para pescar, como dizia hoje a Leonor, no seu post.

E desculpem as citações, é preguiça!

Bj
Cachana