29.1.09

Rititi de volta ao trabalho

Porque uma mulher pode mudar de ideias. E muda.

Eu, que embirro com esta cultura alema de mulher-mae-e-esposa, que sou por mulheres independentes e livres de escolher o que querem, arrisco-me a um dia também vir a mudar de ideias e a chorar no primeiro dia de creche...

4 comentários:

andré disse...

sempre houve alguma coisa na escrita da rititi de que nunca gostei. no geral não sei bem o que é, mas há um exemplo particular que sempre me desgostou: a utilização de asneiras.

não pelas asneiras em si, mas pela maneira "artificial" com que elas as usa.

além de que não sei se alguma vez me revi naquela versão de feminismo. mas talvez eu também não seja o público alvo.

leo disse...

Eu gosto do sarcasmo, do pragmatismo e do humor com que ela encara a vida. Ri-se de tudo até dela propria, o que é saudavel. Além disto, aprecio a honestidade intelectual com que equilibra algum narcisismo (nao somos todos um pouco narcisicos, na blogosfera?).

Quanto às asneiras, é um estilo e nao me incomoda. Mas dou-te razao: as vezes pode tornar-se um bocado enjoativo.

Mas agora fiquei curiosa, qual é entao a versao de feminismo na qual te revês..?

andré disse...

eu acho que não somos apenas narcisistas, na blogosfera. de um modo geral, e falando por mim, sou bastante diferente. e isso já me preocupou mais.

eu gosto de um feminismo mais natural, não tão reconhecido. algo que aparece pq a mulher se sente assim, e não algo potenciado porque a mulher acha q se deve sentir assim.

não sei s me faço entender, mas a rititi sempre me parece artificial em tudo.

leo disse...

Nao digo q a blogosfera seja 'apenas' narcisismo... digo que ha algum narcisismo. E digo isto sem estar a fazer um juizo de valor. As motivacoes de cada um para fazer um blog podem ser várias. Na minha opiniao, a motivacao à expressao livre e até nalguns casos à criacao artistica é, à partida, positiva. É uma discussao interessante.

O feminismo aparece 'naturalmente' quando uma pessoa (mais normalmente uma mulher) se comeca a aperceber das injusticas (bastante concretas) a que é sujeita socialmente, nao so no trabalho mas a todos os níveis. Para mim é interessante saber como se passam as coisas para uma pessoa (mulher, outra vez) diferente de mim, de uma area profissional diferente da minha, numa cidade e num país diferente, com uma cultura muito diferente e um filho. Acho graca. Mas claro q gostos nao se discutem.