26.3.08
Fantasia no laboratório
A minha máquina já ali está, brilhante e altiva, no laboratório. Faz-me lembrar o Toy Story, em que a minha máquina é o robot "para o infinito e mais além" e o velho leitor de ELISA o cowboy de palha. E imagino que agora, sem ninguém a ver, a máquina comece a sua tortura psicológica para o outro lado da bancada do género: "Esquecam, estao ultrapassados, é só uma questao de tempo"... e o leitor de ELISA a ficar cada vez mais deprimido, mais deprimido, mais deprimido.
Canal da Mancha
O ferry atrasou-se por causa do vento e vinha cheio com todas as pessoas de outros ferrys cancelados. Vim uma boa parte da viagem cá fora, a apanhar com o vento gelado na cara e a imaginar o sol a por-se por detrás das nuvens através das mudancas de cor no horizonte. O mar lindíssimo, vagas largas. O ferry rangia. Na parte aberta do convés, um grupo de adolescentes inconscientes holandeses brincava com o balanco do barco deixando-se ir para lá e para cá. Um subgrupo rebelde fumava e bebia cerveja a um canto. Umas miúdas, todas com o mesmo penteado que consistia de cabelos compridos aloirados e uma risca ao lado que partia da orelha e que lhes deixava aquele ar parvo dos cabelos na cara, falavam só entre elas. Encaixado num canto, um solitário de roupas largueironas ouvia música de headphones e gozava o mar. À chegada a St. Malo, o mar galgava os muros do porto e foi difícil a atracagem.
Rapidamente se fez noite. Tínhamos indicacoes para seguir por estradas secundárias, a cortar caminho. Nao nos apressámos. Nas estradas da província, o tempo passa mais devagar. Na France Inter, uma emissao especial de comemoracao dos 40 anos desde o Maio de 68. Há fins de dia que se quer guardar para sempre.
Rapidamente se fez noite. Tínhamos indicacoes para seguir por estradas secundárias, a cortar caminho. Nao nos apressámos. Nas estradas da província, o tempo passa mais devagar. Na France Inter, uma emissao especial de comemoracao dos 40 anos desde o Maio de 68. Há fins de dia que se quer guardar para sempre.
A vida secreta dos emigrantes
"E agora, vamos ter q falar frances.
Olha lá, tu falas frances?
A mim basta me concentrar e consigo falar todas as linguas.
Tenho é de estar mesmo concentradinha.
E sai-me. Nao sei como, mas sai-me."
Olha lá, tu falas frances?
A mim basta me concentrar e consigo falar todas as linguas.
Tenho é de estar mesmo concentradinha.
E sai-me. Nao sei como, mas sai-me."
13.3.08
Fur
O sentimento de falta de ar da dona de casa dos anos 50, que afinal é a forca artística das fotografias publicitárias do marido. A descoberta e a passagem para um mundo paralelo, onde ela se encontra a si própria, e o que é necessário deixar para trás. A estória de amor com o misterioso vizinho do andar de cima, que a envolve em jogos sensuais e a leva a experimentar os seus próprios limites - todo o caminho desde a sua porta até casa dele é uma viagem onde ela entra noutro mundo. Gosto das analogias com Alice no País das Maravilhas. O filme é sublime, feérico, visualmente muito bonito. E como nao se apaixonar pelo vizinho?
6.3.08
Boobs
Na MTV há um programa que é a casa playboy.
Ontem uma das meninas comprou uma casa de luxo. E dizia ela no fim: "My first investment was my boobs. Now they are paying my house." E pega nas duas mamonas e espeta um beijinho em cada uma e diz: "Thank you, boobs!"
Uma visao pragmática e descomplexada da coisa. Chamem-lhes burras.
Ontem uma das meninas comprou uma casa de luxo. E dizia ela no fim: "My first investment was my boobs. Now they are paying my house." E pega nas duas mamonas e espeta um beijinho em cada uma e diz: "Thank you, boobs!"
Uma visao pragmática e descomplexada da coisa. Chamem-lhes burras.
5.3.08
3.3.08
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