Frente à torre estava montada uma tenda com copos (uns de plástico outros de vidro) de champanhe e uns gressinos para emsopar. Os noivos (os dois) já la estavam, apesar de isto ser ainda o "antes". Noiva de branco, caicai banal, noivo de fato, família de tafetás até aos pés. Chegar, cumprimentar os noivos e subir a torre até ao 4° andar a toque de caixa de um homem que parecia trabalhar num circo. Vós bem colocada, fraque e paletó muito coçados. Já no quarto andar, uma salinha com 4 filas de cadeiras. À frente os noivos e dois padrinhos, um de cada lado. Os outros organizámo-nos como pudémos. Nao demora nada. Uma senhora com ar duro e mal vestido lê um texto em voz monocórdica. Um texto interessante, sobre a torre do casamento, a sua história, o significado de ali casar, e sobre o casamento, com direito também à citacao de Woody Allen "No casamento lida-se com os problemas a dois, problemas esses que nao se teria se se estivesse solteiro". Imagino que no dia do próprio casamento nao se esteja muito interessado numa fria contextualizacao histórica do edifício e muito menos nas pérolas de filosofia urbana neurótica do Woody Allen. O noivo tinha um bocado ar de nao estar a ouvir nada e a noiva mais de quem quer chorar ou sair dali.
Incomodou-me a senhora com ar duro e voz monocórdica. Mas achei bonitas a singeleza, a despretensao e a coragem de casar no mundo real. No fim batemos todos palmas. E fomos postos na rua pelos convidados do casamento a seguir... o ritmo é de 1casamento/hora ali.Quem quer conversar é na rua.
Mais flutes de champanhe e gressinos, fotografias debaixo da tendinha e ala para casa que nao estávamos convidados para os comes e bebes... Pena, senao teria mais e melhor para contar.
10.8.07
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Um comentário:
eheh! Presunto e sapateira que é bom, nada! Aqui é o dia inteiro a enfardar e a dançar o apito o comboio com a tia gorducha...
Gostei das descriçoes!
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