29.8.07
26.8.07
Harald
O Harald é dos alemães mais abertos e simpáticos que eu conheço! Reformou-se há uns tempos do meu antigo laboratório. Começou como aprendiz na Merck e lá continuou. Quando eu cheguei ele já andava em contagem decrescente (e ele contava mesmo!!) para a reforma! Era a pessoa que falava melhor inglês no laboratório, o que é de admirar porque os outros são todos muito novos! Mas o que aos outros falta tem ele de sobra: alegria de viver, de conhecer pessoas, de conversar, de descobrir! E a nós, estagiários, tratava-nos quase como filhos e chegava a dar aqueles conselhos para a vida, aquelas verdades universais que precisam de ser ouvidas!
Acho que me vou sempre lembrar do Harald. Espero que ele esteja a curtir bem a reforma... deve andar por sítios exóticos. Disse-lhe para ir a Portugal, ao que me respondeu: "Naaaa, Portugal é aqui ao lado. Só vou lá quando já nao puder andar." O Harald é só espírito!
Acho que me vou sempre lembrar do Harald. Espero que ele esteja a curtir bem a reforma... deve andar por sítios exóticos. Disse-lhe para ir a Portugal, ao que me respondeu: "Naaaa, Portugal é aqui ao lado. Só vou lá quando já nao puder andar." O Harald é só espírito!
23.8.07
Couscous de volta
O referencial é tudo:
- depois de uns dias ao sol, a comunidade sao martinhense aceitou a minha corzinha e deixou de fazer aquela cara do "coitadinha-deve-andar-doente"
- em Darmstadt os olhos do "que-inveja-também-quero-ir-para-o-equador" atiram-me para o outro extremo.
A verdade é que estou preta. E muito gracas ao "tip'óil"!
Foram dias excelentes e agora na calha estao:
- o lancamento do blog "Alvarengas"
- a reportagem da pesca ao polvo
- a reportagem do baile de chitas 2007
Viva o Verao! Viva!
- depois de uns dias ao sol, a comunidade sao martinhense aceitou a minha corzinha e deixou de fazer aquela cara do "coitadinha-deve-andar-doente"
- em Darmstadt os olhos do "que-inveja-também-quero-ir-para-o-equador" atiram-me para o outro extremo.
A verdade é que estou preta. E muito gracas ao "tip'óil"!
Foram dias excelentes e agora na calha estao:
- o lancamento do blog "Alvarengas"
- a reportagem da pesca ao polvo
- a reportagem do baile de chitas 2007
Viva o Verao! Viva!
10.8.07
Casamento alemao
Frente à torre estava montada uma tenda com copos (uns de plástico outros de vidro) de champanhe e uns gressinos para emsopar. Os noivos (os dois) já la estavam, apesar de isto ser ainda o "antes". Noiva de branco, caicai banal, noivo de fato, família de tafetás até aos pés. Chegar, cumprimentar os noivos e subir a torre até ao 4° andar a toque de caixa de um homem que parecia trabalhar num circo. Vós bem colocada, fraque e paletó muito coçados. Já no quarto andar, uma salinha com 4 filas de cadeiras. À frente os noivos e dois padrinhos, um de cada lado. Os outros organizámo-nos como pudémos. Nao demora nada. Uma senhora com ar duro e mal vestido lê um texto em voz monocórdica. Um texto interessante, sobre a torre do casamento, a sua história, o significado de ali casar, e sobre o casamento, com direito também à citacao de Woody Allen "No casamento lida-se com os problemas a dois, problemas esses que nao se teria se se estivesse solteiro". Imagino que no dia do próprio casamento nao se esteja muito interessado numa fria contextualizacao histórica do edifício e muito menos nas pérolas de filosofia urbana neurótica do Woody Allen. O noivo tinha um bocado ar de nao estar a ouvir nada e a noiva mais de quem quer chorar ou sair dali.
Incomodou-me a senhora com ar duro e voz monocórdica. Mas achei bonitas a singeleza, a despretensao e a coragem de casar no mundo real. No fim batemos todos palmas. E fomos postos na rua pelos convidados do casamento a seguir... o ritmo é de 1casamento/hora ali.Quem quer conversar é na rua.
Mais flutes de champanhe e gressinos, fotografias debaixo da tendinha e ala para casa que nao estávamos convidados para os comes e bebes... Pena, senao teria mais e melhor para contar.
Incomodou-me a senhora com ar duro e voz monocórdica. Mas achei bonitas a singeleza, a despretensao e a coragem de casar no mundo real. No fim batemos todos palmas. E fomos postos na rua pelos convidados do casamento a seguir... o ritmo é de 1casamento/hora ali.Quem quer conversar é na rua.
Mais flutes de champanhe e gressinos, fotografias debaixo da tendinha e ala para casa que nao estávamos convidados para os comes e bebes... Pena, senao teria mais e melhor para contar.
9.8.07
Hoje vou a um casamento alemao!
8.8.07
1.8.07
Obrigada Niklas
Uma casa abandonada pertencente à câmara municipal de Ludwigsburg e a organizacao do Niklas, amigo do Steffen. Impossível, improvável e indesejável fazer um relato arrumadinho e sóbrio porque (1) nao foi desta maneira que o vivi e (2) vai contra o espírito da festa.
Tendo esclarecido isto, aqui vao umas ideias soltas:
Tendo esclarecido isto, aqui vao umas ideias soltas:
- Conheci o Pandy. Trabalha como assistente de producao de filmes e quer estudar design ou qualquer coisa relacionada com artes visuais. Além disso, é DJ e poe uma música que se chama minimal techno (?). Vive em Berlim e ele próprio me contou que ter (Berlim) a seguir ao seu nome num flyer de uma festa lhe dá imenso sucesso. Claro que DJ Pandy (Berlin) é muito mais cool que DJ Pandy (Esslingen). Indiscutível. Esslingen tem o mesmo potencial "cool" que Sabacheira ou uma coisa assim... Estivémos à conversa sobre o seguinte dilema que segundo o Pandy deve passar pela cabeca de qualquer pessoa: escolher entre "ser altamente genial, mantendo o pensamento livre, nao se preocupando com coisas mundanas, incompreendido pelos contemporâneos e reconhecido 20 anos após a morte por criacoes completamente inovadoras" OU "fazer umas criacoezinhas vivendo no mundo real, com pessoas reais, pagando as próprias contas e até (loucura!) impostos e assim recebendo reconhecimento que qualquer artista deseja". O Pandy escolheu pagar as contas. Acabámos mais ou menos por concluir que muito poucas pessoas têm de facto essa escolha, claro. E que, a terem essa escolha, deviam ir pela primeira opcao. Pelo bem da humanidade!
- Conheci o Steffen que é um especialista em matraquilhos e que vendia no bar. O Francois é que me contou que ele sabe as regras do matraquilhos em vários países e que discute teoricamente as técnicas do jogo e os truques que sao possíveis dependendo das regras de onde se está. Nunca pensei vir a conhecer um especialista em matraquilhos.
- Havia uma sala secreta na cave onde se jogava poker a dinheiro. Secreta porque as paredes da cave estavam todas cobertas com uns panos pretos e procurando por trás dos panos encontrava-se a tal sala secreta!
- No que em tempos foi a sala de estar da casa estava montado um palco onde ouve desde leituras de textos de autoria própria a actuacoes de bandas, passando pelo DJ Pandy de Berlim, claro, e outros.
- A Jojo zangou-se com o Steffen dos matraquilhos porque ele nao lhe queria vender uma meia baguete com queijo. Nao percebi porque é que uma pessoa que se stressa se mete a trabalhar no bar de uma festa de amigos.
- Dormimos na zona chill out da festa. Cheirava a cinzeiro e eu sonhei com uma casa de banho limpa e com águas correntes, ou seria um spa. Mas valeu a pena. Sao estas festas que nos cruzam com pessoas improváveis que valem a pena.
Nao sei se alguém vai conseguir ler até ao fim. Se sim, parabéns! E toca a fazer festas improváveis com pessoas improváveis.
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