"Menina, apanhas uma doenca que te rapas"
Dizia-me a Mae quando nao queria comer.
26.1.11
25.1.11
Vinha a caminho de casa e vi um lobo do mar. Vinha enfiado num casaco escuro, golas levantadas. Tinha a pele curtida, cabelo e bigode grisalho e fumava tabaco enrolado através de uma boquilha. Caminhava no passeio da rua que é de calcada escura e quando chove torna-se escorregadia. Tinha as maos amarelas e olhos que viram muito. E escondia-se do vento frio atrás das golas do casaco.
8.1.11
sábado
vem o Steffen e traz pao para o pequeno almoco. Hoje está sol! Mudamos a mesa na cozinha para estarmos de caras ao sol. Vemos fotografias de Portugal e ouvimos deutsche funk. A seguir ao pequeno almoco, vamos à loja de coisas em segunda mao, sempre um bom programa de sábado. Apreco uma bicicleta velha, que pelo preco tem que me mudar os pneus. Nada, ele é intransigente. Que a bicicleta tem garantia de nao ser roubada, que ele também tem que ganhar algum. Vende velharias como antiguidades. Uma questao de ponto de vista. O Steffen também nao tem sorte com uma mesa de latao, "as antiguidades valem o que as pessoas estiverem dispostas a pagar por elas". No fim, prefiro pelo mesmo preco uma bicicleta velha boa do que uma nova chinesa. E o Steffen prefere uma mesa de latao dos anos 30 a uma de platex do ikea. A vida burguesa numa cidade de província alema tem o seu encanto.
4.1.11
Cor
A casa é velha e os canos de cobre do aquecimento passeiam junto ao roda-pé. De vez em quando desaparecem para dentro da parede, sobem e descem, encontram-se com outros, uns frios outros quentes, uns vêm outros vão. Pintámos os canos de amarelo forte, quase torrado, amarelo sol. Na cozinha pintámos riscas largas verde escuro, quatro riscas verde muito escuro, do chao até ao tecto. Por trás das prateleiras brancas. Parece Sao Martinho. Por mim desatava a pintar mais riscas pela casa toda. Amarelas na parede da janela. Ele nao deixa, que gosta de Sao Martinho mas que nao exageremos. Ainda nao sabemos o que fazer com a parede da janela. Ainda nao desisti das riscas. A felicidade que dao 4 riscas meias direitas na parede da cozinha.
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